O que é isto, mãe?


Acho que o meu filho (o tal de 5 anos), afinal, é capaz de ter capacidade para se tornar espião (reparem que eu vou pela positiva- espião e não ladrão- se bem que espião pode implicar artes potencialmente mais perigosas...mas coração de mãe é assim porque um espião pode ser ladrão mas um simples ladrão nunca pode ser espião. Capacidades percebem? Adiante)...

...porque embora ele ainda seja um bocadinho descoordenado para pequenas habilidades físicas como dançar ou ginasticar...o facto é que ele consegue dissimular-se de tal maneira que me dá volta às gavetas sem eu dar conta.

No outro dia, enquanto eu andava entretida a arrumar a casa e pensava que ele andava entretido a brincar com a parafernália de brinquedos que tem...apareceu-me com um massajador para os pés, de madeira...
-O que é isto, mãe?
- Onde foste buscar isso, filho?

(atualmente ele anda com aquilo para trás e para a frente, já lá esfregou os pés dele e achou muita piada às cocegas, já esfregou os pés dos bonecos e agora fez daquilo um sitio em que os seus Gormitis travam batalhas titanicas)

Depois e explicações de parte a parte e de lhe ter dito que não mexa nas gavetas, fiquei com a impressão de que ele não se vai ficar por ali...

Estou convencida que me devo preparar para o dia em que ele me irá aparecer com o dildo na mão e me pergunte, o que é isto mãe?

Lá terei que responder que é um massajador, com formato peniano, para músculos mais íntimos...acrescentando evidentemente...dá cá isso que não é para estragar!
.

Parvoíce parvoíce é...


Ter comprado um pack cheiiinho de pacotes de lenços...


...não ter trazido umzinho...

...e andar com'ós putos a fungar o ranho e a limpar à manga (as if!)
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Amanhã faço greve!

!!!

Leituras



Acabei de ler o "Codex 632" de José Rodrigues dos Santos.

Já tinha o livro há seis anos na prateleira e respirando fundo lá fui acartando aquele contrapeso todos os dias até o acabar.

A minha opinião sobre o autor não mudou. Apesar de achar que neste livro ele até conseguiu encadear as ideias e confesso que gostei de todo o caminho letrado e descodoficado até Collonna não apreciei a história em si e continuo a achar que ele se perde em demasiadas explicações, por vezes sobre nada de interesse (para mim evidentemente, embora ele não o faça só para mim...temos pena eheheheh). Perde-se também nalguns diálogos entre pessoas supostamente inteligentes fazendo duma delas momentaneamente burra...ou menos inteligente.
Enfim...não valeu a dor nas costas.


Pelo contrário. Uma dor que vale bem a pena ter é a do calhamaço que agora carrego todos os dias.

Mesmo em Português e logo nas primeiras páginas sou agarrada pelo prazer que tenho na leitura de Ken Follett : "A queda de gigantes"

Ainda vou na 50 mas a desejar que venha o período do dia em que possa ler as folhas seguintes.

Um à parte para quem não conhece o autor: Ele descreve muito bem as personagens sem ser maçudo. Apresenta-nos um rol diferente de personagens e situações (deixando-nos por vezes pendurados na situação da personagem do capitulo anterior...ao estilo do tantrico ;)...e por falar em tantrico...as cenas de sexo descritas por ele são...upa upa) e depois começa a cruzá-las, algumas diretamente outras com um suave toque.
Por vezes, apresenta-nos uma personagem minuciosamente, e depois "mata-a".

Ele, neste momento, para mim e daqueles que leio, é o melhor escritor da atualidade.

Sorríamos de vida


Quando somos pequeninos tudo à nossa volta é tão colorido.

Corremos saltamos gritamos de alegria, sorrimos de vida...certos de que estamos seguros...não há perigos...

Temos amigos, todos iguais a nós com quem partilhamos corridas, saltos e gritos...somos iguais...somos crianças...não há inveja...não há ciúmes...pronto uma briguita ou outra mas sempre sem intenções malévolas...

somo inocentes...sorrimos da vida...

vamos crescendo e pulamos, rimos, gritamos e por vezes arriscamos a vida sem disso termos consciência...

crescemos um pouco mais e começamos a fazer escolhas...ainda inocentes...sem pensarmos em consequências...somos novos nada nos afecta...

....não damos valor a muito...só aos amigos e ao que fazemos com e por eles...

Até que, passados alguns anos, já com alguns cabelos brancos a instalarem-se definitivamente, sabemos, por ouvir dizer, que fulano tal luta com o vicio da droga (outro já se foi de overdose, outro escolheu o caminho da politica, outro é secretário de estado não sei do quê, outro não é cumpridor, outro matou o irmão e foi preso, outro casou-se e já tem 4 filhos, outro saiu do País, uma tornou-se arquitecta paisagística, outra contabilística e outros, tantos outros que passaram "por nós", de quem nunca mais sabemos nada)...

Paramos um momentos e dizemos. Fulano tal? Epá eu conheço-o...andou comigo no jardim de infância. A sério? Ele já está sem um braço. Teve um acidente há muitos anos???? Coitado. Eu brincava com ele (e tenho um flash... lembro-me de o ver correr ainda menino, meio loirinho a sorrir, a brilhar, com os amigos mais próximos)


E assim, de repente um dia...lembramo-nos daqueles que nos divertiam, dos que pulavam connosco com quem ríamos e com quem prometíamos amizade para toda a vida...fazemos a listagem de nomes e realizamos...

...as pessoas que éramos só existem em flashes fugazes de memória da nossa infância.

Fomos...fomos felizes por breves instantes.

Eles andem aí...


Ultimamente tenho reparado que existem cada vez mais pessoas "passadas"...pelo menos por aqui em Lisboa.

Esbracejam, falam com os amigos imaginários, marcham, argumentam em francês, contam passos, vão para a estação de comboios...(nós ignoramos e seguimos caminho).

Acho que a crise fez com que alguma instituição os deixe sair de vez em quando e à vez...para poupar um dia de refeição...sei lá eu...

Mete-me aflição pensar que em tempos aquela pessoa era...como eu e tu...e agora vive num mundo próprio...em que as ralações mundanas ficam para trás.

Eles andem aí...

O que me meteu mais aflição foi dar por mim, no outro dia, na minha cozinha a esbracejar e argumentar...tendo como única audiência os meus dois cães...que devolviam o olhar, com aqueles olhitos redondinhos que só os cães sabem ter, bocejavam nervosos e quando finalmente acabei...eles riram-se, com aquele sorriso amarelo que só os cães sabem ter, e abalaram...como se não tivesse passado nada...ou melhor, ignoram-me como se eu fosse uma tontinha!

Eles andem aí...e qualquer dia...junto-me a eles.

Image: http://heshefun.com/animals/dogs-round-head-pics/

Habilidades


Isto é viver, aprender e adaptar-se.

Descobri uma nova habilidade. Um truque que faço com os pés.

Consigo sem trabalheira nenhuma e apenas com movimentos certeiros dos pés desatar os meus dois atacadores.

E notem bem...sendo eu dextra, o meu pé esquerdo desata muito mais depressa que o direito. É absolutamente fantástico!!!

E as maõzinhas??? UPA UPA atam que é uma maravilha...mesmo quando têm um guarda-chuva entre os dedos.

Ps: Giro, giro era agora, e com movimentos certeiros dos pés, começar a atar também...hei-de lá chegar ;)